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A Voz de Caro Emerald

Com um estilo super retrô de se vestir, o que inclui belos arranjos de cabelo que se destacam no palco,  Caro exala simpatia e talento enquanto canta e encanta com sua voz suave e melodiosa, mas ao mesmo tempo forte, que lembra as grandes divas do Jazz.

Nascida no dia 26 de abril de 1981 em Amsterdã, começou sua carreira em 20o9 com o single Back It Up. Caroline van der Leeuw, ganhou vários prêmios entre 2010 e 2011 como melhor cantora e seu primeiro álbum, Deleted Scenes from the Cutting Room Floor, foi o mais vendido em 2010 nos países baixos.

Caro faz uma combinação perfeita de Jazz, Blues e Pop que contagia. Todas as músicas do disco são boas e gostosas de ouvir e quando você percebe já está cantarolando.

Delicatessen – Jazz e Bossa Nova

O Delicatessen é um grupo gaúcho que mescla no seu repertório Jazz e Bossa Nova. Formado pelos músicos Ana Krüger (voz), Carlos Badia (violão), Nico Bueno (baixo) e Mano Gomes (bateria), desponta no cenário nacional e internacional como uma das melhores bandas da atualidade. O primeiro cd “Jazz+Bossa” de 2006, recebeu indicação de melhor disco de língua estrangeira no Tim Prêmio de Música. Para um cd independente, foi um grande sucesso, vendeu mais de 16.000 cópias. O segundo cd “My Baby Just Cares For Me” é de 2008. Ana Krüger, com sua voz doce e intimista, conquista cantando clássicos como “My Melancholy Baby” e “Be Carefull It’s My Heart”.

John Pizzarelli – Jazz e Música Popular

John Pizzarelli é um artista completo: Compositor, vocalista e guitarrista. Um dos nomes mais importantes do Jazz americano contemporâneo. Pizzarelli nasceu no dia 6 de abril de 1960 em Nova Jersey, Estados Unidos e pode-se dizer que a música estava em seu sangue, já que é filho do lendário guitarrista Bucky Pizzarelli. Sua música sofre influências que vão desde a  música popular americana até a Bossa Nova (o músico já lançou CDs dedicados à música Popular Brasileira).

John passou a ganhar destaque à partir de 1993, quando passou a abrir shows de Frank Sinatra, participando na mesma década de especiais da Broadway e fazendo tributos a nomes como ‘Beatles’ e ‘Nat King Cole’. No ano de 2004, juntamente com o seu trio de músicos, lançou um CD dedicado à Bossa Nova, com composições de Antonio Carlos Jobim como ‘Águas de Março’ e ‘Garota de Ipanema’.

O músico já se apresentou em várias capitais brasileiras e neste mês de maio, faz duas apresentações no Sesc Vila Mariana em São Paulo nos dias 26 e 27 (Ingressos Esgotados).

 

Mulheres também fazem Blues

Nem só do talento masculino vive o Blues. O vocal e a genialidade feminina sempre fizeram parte do gênero. É claro que, em muitos casos, não com o mesmo destaque, mas com certeza sempre presentes, prontas para mostrar que também sabem fazer excelente Blues. Vou falar das duas mulheres mais importantes e polêmicas do cenário: 

Bessie Smith

Bessie Smith

 Bessie, assim como a maioria dos músicos negros do Blues e do Jazz, teve uma vida muito sofrida. Nascida em 15 de abril de 1894 no Tennessee, desde criança já ajudava a sustentar sua família trabalhando como artista de rua e depois cantando em bordéis. Em 1923 foi a Nova York para sua primeira gravação, assinando contrato com a Columbia Records. Depois disso, Bessie se consagrou como cantora de Blues, devido ao seu senso rítmico e a sua habilidade de improvisação, somando a tudo isso, uma voz perfeita. Ela ficou conhecida eternamente como a “Imperatriz do Blues”. São várias as histórias que envolvem seu nome. No início do século passado (entre 1910 e 1930) a repressão aos negros nos Estados Unidos era muito intensa, o que fez com que Bessie se envolvesse em milhares de conflitos em defesa do povo negro. Uma história famosa é a de que Bessie sozinha teria colocado para correr um grupo da Ku-Klux-Klan que queria impedir a realização de um evento de Jazz com músicos e público negro.  Foi este preconceito absurdo que levou a cantora à morte. Depois de sofrer um acidente de carro no Mississipi, no dia 26 de setembro de 1937, ela faleceu, aos 43 anos, porque não teve atendimento médico imediato, já que os hospitais da região não atendiam pessoas negras.  

Bessie Smith ficou conhecida como a cantora mais influente de sua época, não só no Blues, mas também no Jazz e, posteriormente no Rock and Roll. Uma história famosa é a da cantora Janis Joplin que em homenagem a Diva do Blues, mandou construir uma lápide para ela, já que quando Bessie Smith faleceu, seu ex-marido Jack Gee roubou todo o dinheiro arrecadado para seu enterro e ela foi enterrada em um túmulo sem nome. A “Imperatriz do Blues” também ficou famosa por outra causa: A igualdade sexual. Bessie defendia a igualdade sexual e o direito das mulheres. Muitos dizem que Bessie era bissexual assumida, o que para época deve ter causado muitos problemas e preconceitos para a cantora.  

na época em que Bessie Smith fazia seus espetáculos cantando nos bordéis, ela conheceu uma figura muito importante para sua carreira:  Ma Rainey a “Mãe do Blues”.   

  

   

Ma Rainey  

Ma Rainey, a "Mãe do Blues"

 Conhecida como “A mãe do Blues”, Ma Rainey é figura importantíssima na história do Blues. Nasceu Gertrude Malissa Nix Pridgett Rainey em 26 de abril de 1886 na Georgia e foi uma figura marcante no universo musical de sua época, começando sua carreira aos 14 anos. Foi uma das primeiras cantoras a se tornar profissional e a gravar suas próprias músicas.  

Além de toda a sua importância musical, Ma Rainey foi uma personalidade muito polêmica. Em 1904 se casou com um comediante do teatro, com quem teve 2 filhos. Bissexual, ela foi presa em 1925 em Chicago porque havia dado uma festa considerada pelas autoridades “indecente”, já que várias mulheres seminuas participavam da comemoração. Em 1928 Ma Rainey lançou uma canção que com certeza abalou a moralidade vigente na época: “Prove it on me Blues”, onde celebrava o lesbianismo.  

Morreu no dia 22 de dezembro de 1939, vitíma de um ataque cardíaco.  

  

   

   

   

The Puppini Sisters: Muito Jazz e Swing

** The Puppini Sisters**

O trio The Puppini Sisters é formado pela italiana Marcella Pupinni e por suas amigas de faculdade Kate e Stephanie. Elas se juntaram em 2004 na Inglaterra e tinham em mente um jeito diferente de fazer música. O estilo musical é inspirado no Jazz e em ritmos como o swing e as big-bands americanas. Por isso, quando escutamos as músicas das garotas, parece que viajamos no tempo, até as décadas de 1930 e 1940. Com muito swing e um visual super retrô, elas conseguem fazer com que músicas consagradas soem completamente novas aos nossos ouvidos. É o caso de “I Will Survive”, “Panic” e “Heart of Glass” regravadas no primeiro cd “Betcha Bottom Dollar”. Além das músicas contagiantes, suas apresentações remetem às grandes divas do cinema e ao glamour do burlesco, contagiando a platéia com sua animação! Todas as faixas são muito boas  por causa da  originalidade do trio.

Jazz – Ler para conhecer

Se você deseja saber mais sobre o mundo do Jazz, sobre seus maiores intérpretes,  sobre  seu surgimento, sua importância social e cultural e os detalhes deste grande movimento musical, leia:

Título:Kind of Blues – A História Da Obra-Prima De Miles Davis

Autor:Ashley Kahn

Editora:Barracuda

Páginas: 256

Preço: R$ 48,00

Sinopse: Relato da gravação do grande álbum de Miles Davis Kind of Blues. O álbum foi gravado em 1959 em Nova York e até hoje é considerado a obra-prima do Jazz. Escrito pelo jornalista americano Ashley Kahn que foi ao estúdio da Sony Music e teve acesso aos arquivos de Kind of Blue e as gravações originais. Ele  conta também o panorama musical do Jazz na década de 50 do século passado e a chegada de Mile Davis em Nova York.

Título: História social do Jazz

Autor: Eric J. Hobsbawn

Editora: Paz e terra

Páginas: 379

Preço: R$ 47,50

Sinopse: O historiador Eric Hobsbawn faz uma análise profunda da história do Jazz como um dos fenômenos mais importantes do século XX. Analisando o Jazz sobre o ponto de vista social, economico, seu público e como o Jazz se mostra às novas gerações. Livro imprescindível para adoradores do gênero.

Título: Tempestade de ritmos – Jazz e música popular no século XX

Autor: Ruy Castro

Editora: Companhia das Letras

Páginas: 440

Preço:R$ 54,50

Sinopse: Neste livro Ruy Castro faz uma mistura interessante de ritmos e tendências, mas com foco no Jazz, falando da influência do Jazz para o Rock and Roll, se branco também sabe fazer Jazz etc. Confira o resultado desta miscelânea de ritmos.

Título: Jazz Life

Autor: William Claxton/ Joachim Berendt

Editora:Taschen/Paisagem

Páginas: 554

Preço:R$ 299,90 (em português)

Sinopse: As fantásticas fotos do livro foram feitas na década de 1960 pelo fotógrafo William Claxton que, juntamente com o historiador Joachim Berendt, viajaram os Estados Unidos retratando os músicos de Jazz como John Coltrane, Ella Fitzgerald, Charlie Mingus entre outros. Um livro muito bonito, já que se diferencia no formato (table book) e no conteúdo.

A evolução dos intrumentos no jazz

Como os instrumentos se apresentam no jazz

Definir uma lista de instrumentos fixos para o jazz seria injusto. O jazz adere a todos os instrumentos. É impossível dizer que algum instrumento nunca foi usado por ninguém no jazz.

O ritmo não é como uma orquestra em que o músico segue a partitura, o jazz é mais improvisação e alma, é como o músico interpreta a música.

É claro que existem instrumentos que não podem faltar e vamos listar alguns deles aqui:

 instrumentos-jazz

Bateria – A bateria no começo era utilizada apenas como marcador de ritmo, mas com o tempo foi interagindo e “conversando” com os outros instrumentos e hoje, existem bandas lideradas pelo som da bateria.

Contrabaixo – O contrabaixo tem a função de subdividir o ritmo básico e dar a base harmônica da música.

Guitarra – A guitarra é importante porque é uma mediação entre instrumentos melódicos e instrumentos harmônicos. A guitarra é geralmente uma base para o solo.

Piano – Ao longo do tempo o piano sofreu uma evolução e se tornou mais elétrico. Mas o piano acompanha o Jazz desde sua origem, e falar de um certamente é falar do outro.

Sax Alto – O sax é o instrumento de maior poder de improvisação, talvez seja por isso que ele atrai tanto a atenção e o gosto das pessoas. O que explica o grande número de sax altistas.

Sax Tenor – O sax tenor no começo tinha uma voz suave e bem colocada, onde a clareza do som era prioridade. Hoje, algumas pessoas enxergam o sax tenor como um som áspero e “nervoso”, mas essas visões são mais associadas a modismos do que à realidade sonora.

Trompete – O trompete às vezes é descartado, mas apesar de não ser um instrumento “obrigatório” no jazz, a sua história junto ao jazz não pode ser contestada. A glória do trompete caiu aos poucos com os anos, mas, no entanto os trompetistas foram durante muito tempo a voz principal dos grandes estilos de jazz.

Voz – A pesar de não ser um instrumento propriamente dito, a voz passou a ser visto como tal pois é apresentada de uma forma como trompetes, trombones ou saxofones.A voz é o instrumento mais flexível de que se dispõe.

Na verdade, o jazz encontra sua excelência na relação de músicos e instrumentos. Quanto maior a intimidade e o trabalho entre músicos, mais se improvisa e mais o jazz se apresenta da sua melhor forma. Lembrando que a forma nunca é a mesma, varia de intérprete para intérprete, de músico para músico e principalmente de momento para momento.

Fontes:Wikipedia/Ejazz

Jazz: como tudo aconteceu

O Jazz surgiu nos Estados Unidos entre as décadas de 10 e 20 do século passado, mais precisamente em New Orleans, Chicago e Nova York, estados que são conhecidos até hoje pelas grandes criações no âmbito da música negra. Criado pelos negros, que já haviam desenvolvido o Blues e o Gospel, este estilo musical revolucionou a história da música. Assim como outros estilos musicais, o jazz já passou por várias transformações ao longo das décadas, criando outros subgêneros como o Swing, o Bebop, o Acid Jazz e o Cool Jazz entre outros. Jazz

O estilo surgiu em uma época que as pessoas queriam muito curtir a vida, se divertir, em um pós-guerra (primeira guerra mundial) que todos queriam apagar da memória e deixar para trás as atrocidades da guerra. Era um ritmo muito dançante com instrumentos de sons deliciosos que levavam todos à loucura. Independente do segmento de Jazz, o que não pode faltar é o improviso e o swing. Esses elementos fazem com que os músicos de jazz e o público entrem em um êxtase dançante difícil de resistir. É quase impossível encontrar uma peça de Jazz escrita e fixada como concreta, já que o grande trunfo do Jazz é a improvisação dos músicos, que utilizam instrumentos como o piano, a bateria, o contrabaixo, a guitarra, o trompete e também as vozes de homens e mulheres que conseguem expressar, de forma esplêndida, seus sentimentos.

O movimento apresentou ao mundo artistas fantásticos que fizeram história e deixaram para sempre suas marcas na memória da humanidade. Seria impossível fazer uma lista completa de todos os nomes que criaram, marcaram e ainda contribuem para que o Jazz se perpetue, mas alguns nomes são imprescindíveis:

Billie Holiday

Charles Mingus

Chet Baker

Ella Fitzgerald

Glenn Miller

Herbie Hancock

John Coltrane

Louis Armstrong

Miles Davis

Nat King Cole

Ornette Coleman

Este poema do autor Demétrio Sena, expressa os sentimentos de quem vive de acordo com a proposta do jazz, da improvisação, da alegria e da liberdade.

Gravação do kind of blue

JAZZ

Hoje quero viver feito água em moinho,
chafariz numa praça de muitos turistas,
nunca mais feito vinho curtindo em barril
nem os ítens de listas que ninguém consulta…
Já cansei de cansar, decidi ser constante,
perseguir meus intentos com tal teimosia
que viver seja instante repetido em série;
correria sem alvo, sem ponto final…
Pensar menos na vida já faz viver mais,
quero sempre querer uma nova saída
e jamais concluir que cheguei ao meu porto…
Abracei este sonho de sonhar além,
ser alguém que não cede à sedução da paz,
nunca jaz onde o tempo executa o seu jazz…

A Grande Obra do Jazz

capa do disco kind of blue Kind of Blue, este é o nome da obra-prima de Miles Davis, disco mais vendido da história do Jazz. Gravado em 1959, o músico americano reuniu em um estúdio de Nova York alguns dos maiores nomes do Jazz: John Coltrane, Jimmy Cobb, Paul Chambers, Cannonball Adderley, Bill Evas e Wynton Kelly, que faziam parte de seu sexteto. É claro que, como o bom Jazz deve ser, todas as sessões de gravações do álbum saíram de improviso. Até hoje o álbum é uma referência na música, até mesmo para outros gêneros como o Rock e a música clássica. Este ano o álbum completou 50 anos, voltando ao topo das paradas em todo mundo. Obra indispensável para quem gosta ou quer conhecer mais sobre Jazz.

Fontes:Wikipedia/EJazz/Site de poesias